instrumentos musicais

Tudo o que você precisa saber sobre instrumentos musicais

Um dos fatores mais legais sobre a música como arte é que há uma enorme variedade de instrumentos musicais, que permitem contar inúmeras histórias e de diferentes perspectivas. Além disso, é possível combiná-los para buscar harmonia e suprir as necessidades do ouvinte ao compor ou executar um arranjo, por exemplo.

É interessante perceber que existem instrumentos dos mais variados há milênios. Alguns são mais modernos, associados com a eletricidade e com tecnologias recentes. Todos eles têm papéis específicos e podem ser aplicados em contextos musicais determinados, atuando como ferramentas de expressão para o músico.

Quer avançar nesse fascinante universo? Este guia apresenta os mais diversos tipos de instrumentos e suas características, além de dicas de como cuidar deles e melhorar seu desempenho. Confira!

Como se classificam os instrumentos musicais?

Podemos dividir os instrumentos musicais por categorias. Aqui, vamos separá-los com relação às características físicas da construção e da sonoridade: cordas, sopros de metal, sopros de madeira, teclas e percussão.

Cordas

Esses instrumentos apresentam um som marcado pelo contato entre algo (que pode ser a mão humana) e cordas esticadas em um corpo, proporcionando o efeito da fricção. Quando elas são tocadas, o corpo vibra e gera o som.

Eles podem depender da afinação dessas cordas para a produção de um som ideal, conforme o ajuste padrão para o instrumento. Aliás, é preciso trocá-las frequentemente para obter um som mais vívido e evitar problemas com enferrujamento, por exemplo.

Costumam ser ótimos instrumentos para harmonia e melodia. Assim, são solistas e podem servir como acompanhamento em um mesmo arranjo, inclusive. Contudo, é comum que alguns deles, como o baixo elétrico, cumpram uma única função em um contexto (ser acompanhamento harmônico na música pop).

São opções bem populares. Dentre eles, podemos destacar o violão, a guitarra, os baixos elétrico e acústico, a harpa, o violino, a viola e o cavaquinho. No caso do violão e do baixo, muita gente toca as cordas só com as mãos. Já em violinos, é preciso contar com arcos. E para a guitarra, normalmente se usa uma palheta.

Metais

Estão dentro da categoria dos naipes de sopro. O nome se dá porque a construção desses instrumentos geralmente envolve metal. Produzem som a partir da vibração do ar (diferentemente da fricção das cordas), em que o músico pode utilizar mecanismos para obstruir essa passagem em certas regiões do corpo e gerar o som da nota desejada.

Os mais famosos são o trompete, o trombone, a tuba e as trompas. Caracterizam-se por uma técnica singular para soprar que compreende a produção de um som já na boca do instrumentista, uma vibração de ar específica com uma posição determinada. A propósito, é por isso que se fala tanto em embocadura.

Outro ponto interessante é que esses instrumentos são tipicamente monofônicos, ou seja, produzem apenas uma nota por vez. Assim, são naturalmente melódicos.

No caso do trompete e de alguns tipos de trombone, existem pistos — pequenos recursos usados para produzir notas específicas. No trompete, um dos diferenciais é que você pode obter duas notas distintas posicionando os dedos nos mesmos pistos, sendo que a diferença se dá com a embocadura e a intensidade de ar na vibração.

Madeiras

Os instrumentos de sopro de madeira são aqueles que têm esse tipo de material na construção e formas diferentes de gerar um som em relação aos metais. Geralmente demandam o uso de uma espécie de palheta ou outra técnica para soprar, o que requer menos esforço do próprio instrumentista.

Nesse grupo, podemos incluir o saxofone, a flauta, os clarinetes e os oboés. Um sax, por exemplo, envolve um mecanismo (palheta) utilizado para soprar e um conjunto de pequenas válvulas para pressionar e dar vida ao som das notas, que são chamadas de chave.

Já uma flauta doce, por exemplo, conta apenas com buracos no corpo do instrumento, que podem ser pressionados para interferir no tráfego do ar e na vibração e produzir determinada frequência.

Também são monofônicos e melódicos. Porém, existem técnicas específicas que permitem extrair mais de uma nota simultânea no saxofone, por exemplo, o que se chama de técnica estendida.

Teclas

O grande instrumento dessa categoria, mais conhecido há séculos, é o piano. Apresenta 88 teclas, além de dois ou três pedais. O som sai com a ação de empurrar as teclas para baixo, sendo que estão sensíveis à intensidade desse toque.

Mas um dos maiores baratos desse instrumento é sua estrutura. Por dentro dele, existem cordas esticadas e martelos que as atingem sempre que uma tecla é pressionada. Assim, muitos especialistas divergem sobre se ele é de teclas, de cordas ou de percussão.

A partir do piano, vieram várias vertentes modernas. Estamos falando do teclado, um instrumento de teclas portátil, que apresenta outra estrutura interna e sons eletrônicos já embutidos.

Entre os teclados, temos o sintetizador (que produz sons eletrônicos e simula outros instrumentos e efeitos), o controlador (que também faz simulações, a partir da conexão com um computador), e por aí vai. Esses são fortemente digitalizados.

Ainda podemos citar o acordeon, que traz teclas e um mecanismo acoplado parecido com uma mola, o fole. Há também a escaleta, que combina teclas com sopro.

Percussão

A família das percussões tem uma variedade incrível e surpreendente de instrumentos. Muitos deles são originários da África, onde a tradição de usar tambores é antiga e muito forte — até como forma de comunicação, pois seu som ressoa e viaja por longas distâncias.

São instrumentos tocados com as próprias mãos ou com objetos, a partir do batuque e do contato com uma membrana/superfície que gera uma sonoridade seca e consistente. Não são harmônicos. Alguns podem ser melódicos. No entanto, o foco é a construção do ritmo.

Na enorme lista da percussão, os mais conhecidos são a bateria, a conga, a cuíca, o bongô, o surdo, o pandeiro, o triângulo, o tamborim e o berimbau.

A bateria é talvez o instrumento principal na modernidade, por ser extremamente versátil e se aplicar aos mais diversos estilos musicais. Consiste basicamente em um conjunto de tambores que são tocados juntos, com o auxílio de baquetas, para construir células rítmicas e desenvolver figuras que marcam o pulso da música.

Quais os instrumentos musicais mais populares?

Nesta seção, vamos falar sobre os instrumentos musicais mais populares no Brasil e suas características.

Violão

O violão é um dos instrumentos mais brasileiros que existem. É querido praticamente por todo mundo, tanto que muitas pessoas sabem tocar ao menos uma música ou alguns acordes nele.

É um instrumento tradicional de cordas, que podem ser de aço, para um som mais encorpado, ou de nylon, para um som mais leve e suave. Se encaixa em uma porção de estilos musicais, como samba, MPB e sertanejo.

Uma característica interessante do violão — e que o torna mais acessível — é o fato de ele ser naturalmente acústico. Ou seja, não precisa de nenhum adicional elétrico para produzir sons em um volume audível.

Contudo, também existe uma versão eletrificada, com entrada para cabos e sistemas digitais de afinação. Esta se dá por meio de tarraxas, elementos acoplados à cabeça do instrumento. Elas apertam as cordas de acordo com certo padrão para produzir aquela frequência ideal de cada uma.

Guitarra

A guitarra é muito ligada ao violão tradicional, só que eletrificada, com um corpo mais compacto (embora seja às vezes mais pesado) e própria para uso em gêneros musicais mais intensos. Entretanto, com a eletrificação da música no geral, tem se tornado indispensável em diversos outros estilos, até os mais calmos.

É um instrumento típico para manipulações sonoras com efeitos e processamentos diferenciados, tanto em execução ao vivo quanto em gravações de estúdio.

Vale destacar que a guitarra tem um som extremamente baixo quando não está conectada a uma fonte elétrica de amplificação. Além disso, tende a ser mais cara que o violão, então é menos acessível.

Baixo

O baixo elétrico foi criado pelo estadunidense Leo Fender um pouco antes do momento em que ele produziu a guitarra elétrica, nos anos 50.

É um instrumento de corpo e forma parecidos com a guitarra, mas com um som predominante grave e encorpado. Assim, é perfeito para tocar a tônica das notas e fortalecer a harmonia em praticamente qualquer estilo musical possível. Do jazz ao forró, você vai precisar de um bom baixo.

Teclado/piano

O tradicionalíssimo piano foi criado há séculos para um contexto mais erudito. Depois, ganhou importância em estilos de música popular do século XX, principalmente porque era o instrumento que não faltava nas casas das pessoas. Se tornou fundamental para o jazz, para as primeiras encarnações do que viria a ser o rock e para a música pop da época.

Porém, na metade do século passado, com a invenção do rock, a eletrificação dos instrumentos e a modernização das gravações, o piano perdeu espaço. Surgiu o teclado como seu sucessor: digital, moderno e portátil para ser levado a todo lugar.

Saxofone

O instrumento de sopro mais reconhecido pelas pessoas leigas é, provavelmente, o saxofone. Como vimos, ele está nos naipes das madeiras, cujo som é produzido pela vibração em uma palheta e por pressão em pontos de contato no corpo.

Tem um som meio metálico e cheio, que soa muito bonito em contextos de músicas mais lentas. Contudo, já foi provado que é um instrumento bom para rock e música intensa também.

Bateria

Na percussão, o instrumento principal é a bateria. Como falamos, é um apanhado de tambores que são tocados com baquetas. Por ser cara para comprar e manter, além de espaçosa, ela se torna um pouco menos acessível. A boa notícia é que existem opções de baterias eletrônicas e híbridas que contornam esses fatores.

Flauta

A flauta também é um importante instrumento de sopro. É bem interessante para a maioria das pessoas, pois sua versão menor, a doce, pode ser encontrada facilmente em locais acessíveis. Assim, é uma excelente opção para começar no mundo da música e no dos sopros.

Quais os principais desafios dos instrumentos musicais?

Fora as dúvidas a respeito de como guardar os instrumentos corretamente (um dos temas do próximo tópico), há o fator aprendizado: com tanto material disponível por aí, é fundamental filtrar as informações. Assim, aprender sobre música pode ser mais complexo do que parece.

Com relação à música em si, um dos desafios é justamente entender o lugar de cada um em um arranjo. É importante que você saiba como encaixar seu instrumento no todo e gere harmonia com outros músicos. Para isso, é preciso conhecer o estilo musical que se propõe a tocar.

Após adquirir essa noção, você supera outro desafio que é o de tocar em conjunto. Mesmo os solistas quando amadurecem potencializam essa visão de que fazem parte de um grupo e devem funcionar como membros.

Desenvolver fluência em um instrumento requer tempo e envolve vários fatores. Entre eles:

  • velocidade;
  • precisão;
  • clareza nas notas;
  • vocabulário de melodias;
  • conhecimento sobre acordes;
  • capacidade motora.

Tocar é uma atividade que envolve o nosso corpo e que demanda uma capacidade rápida de resposta de vários membros, a depender do instrumento. Também existe a questão de ir além da execução, ou seja, aprender a compor, a escrever melodias e harmonias que ajudem na hora de executar um arranjo.

Além disso, há percalços específicos. Vejamos alguns exemplos:

  • no piano/teclado — coordenação e independência das mãos;
  • na bateria — velocidade, precisão e uma boa variedade para ideias;
  • na guitarra — velocidade, limpeza das notas e capacidade para solo ou para criar harmonias.

Outro ponto se refere não necessariamente à técnica, mas ao instrumento em si. Como falamos, opções como bateria e piano são naturalmente menos acessíveis. Nesse caso, é importante contar com o apoio de marcas inovadoras que oferecem alternativas modernas e mais portáteis, com um grande leque de opções.

Por fim, a compra certa. Quando se está dando os primeiros passos na música, é normal ter dificuldade para escolher o instrumento musical ideal, mas essa noção vai crescendo à medida que você desenvolve sua identidade.

Que cuidados ter com os instrumentos musicais?

Ao adquirir um instrumento musical, você precisa tomar o máximo de cuidado para que ele dure mais tempo e com mais qualidade. O som e o timbre de instrumentos de sopro ou de cordas dependem diretamente das características e condições deles.

Use case ou bag

Uma dica essencial é guardar o seu instrumento devidamente, em uma capa, case ou bag. Para os de cordas, a case é interessante por representar uma proteção consistente e evitar que impactos os atinjam. Ela tende a ser um pouco mais cara, mas uma bag mais reforçada já dá conta do recado.

A recomendação é a mesma para os instrumentos de sopro e teclas, que devem ser muito bem guardados com esses acessórios auxiliares.

Tome cuidado com o transporte

O transporte do instrumento de um ponto a outro é a causa de muitos problemas envolvendo quebras na estrutura ou deslocamento de peças. Caso você o acerte em alguma superfície, por exemplo, poderá danificá-lo muito e até perdê-lo. Logo, tenha zelo com a forma de transportar também. O ideal é ter bags e cases para reduzir os riscos.

Mantenha em lugares seguros

Um local ideal para instrumentos de cordas é um suporte preso na parede de estúdios ou de um quarto, evitando que fiquem no chão e que caiam. Já um teclado ou piano podem ser colocados no centro de um ambiente amplo.

Quanto aos instrumentos com braços, os de cordas principalmente, a falta de cuidado pode resultar em empenamento ou até torção, o que afeta a tocabilidade e a afinação. No caso do empenamento, é possível reparar o braço; já na torção, o problema é mais sério e pode requerer a troca do braço inteiro.

Uma dica interessante é manter o instrumento longe do sol, da chuva, do calor e da umidade extrema. Em se tratando de instrumentos que ficam montados por muito tempo, como a bateria, é fundamental reforçar a segurança do local ao redor.

Limpe periodicamente

A limpeza constante é obrigatória para manter tudo em ordem. Basta um paninho seco simples para limpar gorduras ou poeira de cordas, teclas e tambores depois de tocar, por exemplo. Você também pode usar produtos de limpeza específicos para um tratamento mais detalhado, pensado para períodos mais longos.

No caso dos sopros, muitos músicos recomendam desmontar o instrumento e cuidar de cada parte separadamente. Aqui, uma dica é aplicar sprays focados em limpeza desse tipo de estrutura.

Faça check-up

É sempre bom verificar a saúde dos seus equipamentos de som. Nesse sentido, vale consultar especialistas (como os luthiers) ou profissionais de empresas da área, a fim de tirar dúvidas e solucionar defeitos na tocabilidade e no conforto. É importante impedir que os problemas se acumulem e acabem gerando outros maiores.

Como ter maior desempenho tocando instrumentos?

Essa é uma pergunta de ouro. Afinal, todo músico aspira ser melhor no que faz, certo? Então, acompanhe as dicas práticas de que você precisa para dominar o seu instrumento e extrair sons incríveis dele.

Ter disciplina

Treinar e estudar música é, sobretudo, ter disciplina. Isso significa se esforçar para cumprir uma rotina de estudos e não desistir, mesmo quando for difícil ou cansativo. O ideal é estabelecer uma quantidade confortável de horas de dedicação por dia, para sempre obedecer a esse ritmo. Ele pode aumentar ou diminuir, contanto que continue regular.

Ouvir muita música

Muitas pessoas negligenciam o estudo de música que ocorre no simples ato de ouvir referências. No entanto, é essencial ter um bom leque de referenciais para absorver e descobrir novas ideias com a audição técnica e cuidadosa. Ouça de tudo e mantenha seus ouvidos abertos, buscando sempre entender analiticamente o que está escutando.

Buscar referências

Aproveitando o gancho do item anterior, tente se inspirar em músicos também: acompanhe os trabalhos e as gravações para buscar formas de evoluir e ser como eles.

Os músicos inspiradores nos ajudam a trabalhar pontos específicos da nossa musicalidade para sermos tão incríveis quanto eles: se um guitarrista de quem você gosta é muito rápido, você tende a trabalhar bastante na velocidade; se um pianista que você admira é fera em solos, você tenta ser também.

Isso tem a ver com o aspecto do sonho que envolve a paixão de ser músico. É a vontade de querer ser alguém melhor no seu instrumento que motiva o aspirante a continuar se dedicando e estudando. É uma obsessão sadia e uma fome de evolução e melhoria para produzir algo que te emocione e te toque como o que seus ídolos fazem.

Unir o prazer e a vontade

Em especial, lembre-se do prazer de tocar um instrumento e de se sentir tão bem fazendo música. Sempre tenha em mente o prazer de se envolver, de se esquecer tudo e de se dedicar a esse universo. Tente aprender de uma maneira lúdica, sem muita pressão sobre si, para que o estudo vire parte da sua rotina (e uma parte saudável!).

Adquirir bons instrumentos

A qualidade do seu instrumento é fundamental para te empolgar a continuar estudando, aprendendo e tentando gerar sons de qualidade. Um bom produto dura mais e dá menos trabalho a você, o que se torna mais prazeroso e econômico em um longo prazo.

Nesse sentido, os equipamentos e as tecnologias da Roland se destacam como auxiliares da evolução musical. Com as características inovadoras e diferenciadas das peças, você consegue mensurar melhor a sua evolução e construir uma trajetória sem grandes desafios e problemas.

Um instrumento Roland faz um som tão agradável, que os músicos se sentem nas nuvens tocando e não querem mais parar. Contamos com teclados, órgãos, baterias, baixos, guitarras, sintetizadores, apps e auxiliares. Opções de todos os tipos e formas para se adaptar à sua necessidade e ao seu estilo.

Como vimos, instrumentos musicais são elementos preciosos na nossa cultura. Eles se dividem dependendo da construção e do modo de gerarem som, bem como do seu papel em estilos diferentes e das regiões do globo. É importante conhecer suas características e, sobretudo, ter uma boa noção de cada um para evoluir musicalmente.

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