baixo e contrabaixo

Baixo e contrabaixo: entenda as principais diferenças entre os instrumentos

Você sabe diferenciar um baixo de um contrabaixo? Existem características, como de tom e captação de áudio, que devem ser consideradas antes de investir em um dos modelos.

Baixo e contrabaixo contam com um timbre grave e servem para reunir ritmo e melodia, trazendo harmonia e corpo para as composições, mas para optar por um deles é preciso ter uma visão geral sobre cada instrumento para entender as suas distinções.

Tem interesse em aprender mais sobre baixo e contrabaixo e descobrir qual deles é mais indicado para os seus objetivos na música? Então, continue a leitura deste post e confira esses detalhes. Não perca!

Quais são as diferenças entre baixo e contrabaixo?

Inicialmente, é válido ressaltar que a nomenclatura de ambos os instrumentos têm relação com a classificação da voz na música clássica, uma vez que a denominação “baixo” é concedida às emissões masculinas mais graves do agrupamento vocal.

Baixo e contrabaixo são parecidos no que diz respeito ao som, afinação de cordas e sua função em uma banda. No entanto, diferem em praticamente todo o resto. Ambos podem ser chamados baixo e de contrabaixo, contudo, há uma divisão convencional de que o acústico é o contrabaixo, ao passo que o elétrico se chama baixo.

Assim, os contrabaixos acústicos verticais conseguem produzir uma sonoridade mais clássica, gerada pela vibração feita pelas cordas no momento em que elas são pressionadas contra o arco. As notas desse instrumento ressoam uma oitava abaixo das descritas na tablatura.

Os baixos elétricos, por sua vez, precisam de amplificação externa para que o som seja propagado, podem ter captação passiva ou ativa e suas notas também ressoam uma oitava abaixo das descritas na tablatura.

Como o baixo elétrico exige a amplificação para que seja possível o ouvir sem um amplificador, o seu som é praticamente inexistente. Em um ambiente com um pouco de barulho, ele se torna, de fato, nulo.

O som das cordas é amplificado por causa de seus componestes elétricos, principalmente os captadores. Dessa maneira, ao ser conectado em um cabo, se torna possível ouvir o seu som. Os modelos mais recentes de baixos já contam com pré-amplificadores que permitem o controle e a equalização de timbre em dispositivos também embutidos.

Mais uma relevante diferença entre eles é a forma de tocar, já que o contrabaixo é utilizado verticalmente, com a mão direita tocando na ponta do braço. O elétrico deve ser tocado na horizontal, como a guitarra, e, em geral, é usado com a mão direita na região do corpo, mais próximo da ponte.

Qual é a história desses instrumentos?

O contrabaixo, por sua vez, surgiu muito antes, por volta do século XV. Inclusive, o instrumento antigo mais famoso é o contrabaixo de três cordas, feito pelo luthier Gasparo da Salò e usado pelo músico Domenico Dragonetti.

O contrabaixo com as características atuais surgiu somente no século XIX, contando com 4 ou 5 cordas e com a seguinte afinação: sol, ré, lá e mi ou sol, ré, lá, mi e si (às vezes outra na quinta corda).

Na realidade, até meados do século XX, por volta do começo da década de 1950, os contrabaixistas enfrentavam diversas dificuldades para transportar o instrumento, que era grande, desajeitado e delicado (por ser feito de madeira).

O baixo elétrico, da maneira que conhecemos atualmente, foi criado na década de 50 e também produz o som uma oitava abaixo, sendo um instrumento menor e, portanto, mais fácil de ser transportado.

 A sua popularização ocorreu por causa do baixista de jazz norte-americano Jaco Pastorius, por Paul McCartney, famoso integrante dos Beatles e por Bill Black, da banda de Elvis Presley.

O que é captação ativa e passiva?

Além das diferenças entre o baixo acústico e o elétrico, há uma classificação que os músicos devem prestar atenção: a captação ativa, que permite maiores regulagens de timbres, e a passiva, mais natural.

Como mencionamos, os baixos elétricos contam com um circuito de captação. Foi justamente a invenção do captador, que ocorreu em 1923, permitiu a criação de guitarras e baixos elétricos que podem ser amplificados. 

O sistema passivo usa grandes ímãs para capturar o som e enviá-lo para o amplificador. Os slaps podem ser baixos e o seu timbre é um pouco menor, mas isso pode ser solucionado com facilidade ao usar um pré-amplificador. Nesses casos, a madeira do corpo causa maior interferência. Por isso, o som obtido é mais orgânico e aveludado.

Já nos baixos com captação ativa, o som é capturado com o auxílio de baterias de 9 volts. Os timbres podem passar por modulações distintas e as notas são propagadas com menos ruídos.

Um dos problemas da captação ativa é que é necessário trocar as baterias ocasionalmente. Por isso, procure ficar atento para que elas não acabem, ou ainda, falhem durante um show ou apresentação.

Contam com captação passiva os primeiros modelos de contrabaixo, da década de 1950. Já os modelos com captação ativa são mais indicados para contrabaixistas que tocam com slap — ou seja, com batidas ágeis nas cordas — como o Flea, contrabaixista da banda Red Hot Chilli Peppers.

A verdade é que não há certo ou errado no momento de escolher entre um desses modelos, já que é preciso considerar fatores como o seu gosto pessoal, além do estilo e ritmo musical que você tocará usando o instrumento.

Para quais estilos cada um deles é indicado?

Os contrabaixos verticais costumam ser mais indicados para apresentações de jazz e na música clássica como suporte para a viola ou o violino.

Já os baixos elétricos costumam fazer parceria com a guitarra e são muito comuns em bandas modernas, já que eles harmonizam com os mais diversos estilos da música popular, como rock, country, forró, samba, metal, pop, funk reggae, entre outros.

O baixo elétrico é um bom componente para reforçar o ritmo, com a ajuda da bateria. No entanto, ele também mantém uma conexão da harmonia com o ritmo da música, justamente por se tratar de um instrumento que marca com notas a sequência de acordes da canção.

Agora que você já sabe quais são as principais diferenças entre baixo e contrabaixo, lembre-se que entender sobre o funcionamento desses instrumentos é muito importante. Já que eles costumam ser usados em contextos completamente distintos, apesar de serem usados para reforçar os mesmos aspectos em termos de harmonia, melodia e ritmo.

Para conhecer mais detalhes sobre os principais instrumentos de corda, acesse este guia completo sobre o tema!

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