compositores brasileiros

Maiores compositores brasileiros para você se inspirar

A qualidade das obras dos compositores brasileiros faz esses artistas serem respeitados em todo o mundo. Suas letras e músicas estão presentes na cabeça de pessoas de várias gerações.

Chiquinha Gonzaga, Heitor Villa-Lobos, Pixinguinha, Ary Barroso, Cartola, Noel Rosa, Adoniran Barbosa, Luiz Gonzaga e Maysa. Se você trabalha com música, pratica por hobby ou apenas simpatiza com essa arte, certamente já ouviu falar desses ícones.

Criamos este artigo para falar um pouco da vida desses homens e dessas mulheres que inspiram amantes da música brasileira há gerações. Caso sinta afinidade com algum deles ou todos, fique à vontade que está em bom caminho. Acompanhe!

Chiquinha Gonzaga

Começando pelas damas, Francisca Edwiges Neves Gonzaga, conhecida como Chiquinha Gonzaga. Nasceu no Rio de Janeiro em 1847 e faleceu em 1935, com 87 anos. Mulher e de raízes negras, ela teve que passar por cima dos preconceitos.

Apesar de seu currículo bem completo, Chiquinha não cantava. Atuou como compositora, pianista e regente. Aliás, foi a primeira pessoa do sexo feminino a reger uma orquestra no Brasil. Muita gente se confunde por ela ter o nome igual ao da irmã de Luiz Gonzaga, cantora, compositora e sanfoneira que nos deixou em 2011.

Você com certeza já ouviu alguma de suas 300 composições, em média, principalmente no período do carnaval. É o caso de “Ô abre alas”, criada para essa data festiva e considerada uma das principais marchas carnavalescas.

Heitor Villa-Lobos

Heitor Villa-Lobos, Rio de Janeiro (1887–1959), um dos precursores da música erudita no Brasil. Já tinha o DNA de artista. Filho de um músico amador, foi atraído por instrumentos musicais desde criança. Começou com violão, violoncelo, clarinete e saxofone.

Para você entender a importância de Villa-Lobos para o nosso país, ele foi fundador da Academia Brasileira de Música, em 1945. Atuou como maestro e compositor. Grande parte do seu trabalho é apresentado em circuitos de teatro europeu e norte-americano.

Das mais de 700 composições que deixou, as de maior destaque são as “Bachianas brasileiras”. Receberam esse nome por terem origem no estilo do compositor alemão Johann Sebastian Bach, a quem ele prestou essa homenagem.

Pixinguinha

O Rio de Janeiro também nos presenteou com Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha (1897–1973). Compôs com João de Barro a linda canção “Carinhoso”, interpretada pelas melhores vozes do país e usada por muitas mães para ninar seus bebês.

O compositor, arranjador e instrumentista começou a compor aos 13 anos e participou de várias turnês internacionais. Pixinguinha é responsável por aperfeiçoar o chorinho e divulgar esse importante gênero musical popular brasileiro no exterior.

Ah, e você sabe a origem e o significado de Pixinguinha? É um derivado da palavra “pizindin”, que vem de um dialeto africano e significa “menino bom”. Quem colocou esse apelido nele foi a avó, Dona Edwiges, que nasceu na África.

Ary Barroso

O mineiro Ary Barroso (1903–1964) é responsável por uma composição daquelas que ficam na nossa cabeça e que, por vezes, nos pegamos distraidamente cantarolando. Trata-se da “Aquarela do Brasil”, que está na lista do cancioneiro popular brasileiro.

Essa canção chegou a praticamente todos os continentes. Nela, Ary fez questão de salientar que o Brasil é um país da pluralidade. Fala do gingado dos mulatos, da afetividade das morenas, dos coqueiros que representam várias de nossas praias e muito mais.

Por ironia do destino, Barroso entrou para o mundo da música quando ficou órfão e foi morar com uma tia-avó que dava aulas de piano. Na vida, fez de tudo um pouco: foi músico, vereador e até apresentador de TV.

Cartola

Eis aqui um representante do típico bom malandro carioca. Agenor de Oliveira, nome de batismo do grande Cartola, nasceu na capital fluminense em 1908 e faleceu em 1980. O apelido foi dado porque gostava de usar um chapéu-coco.

A composição que o representa é “As rosas não falam”, de 1976. Mas teve várias outras antes disso, como “O sol nascerá” e “Qual foi o mal que eu te fiz?”. Também vendeu algumas, como “Que infeliz sorte” e “Divina Dama”.

Cartola foi considerado um dos maiores sambistas do Brasil. Aos 20 anos, com Carlos Cachaça, fundou o bloco carnavalesco que se tornou a escola de samba Estação Primeira de Mangueira.

Noel Rosa

Noel de Medeiros Rosa (1910–1937) faleceu de tuberculose meses antes de completar 27 anos. Mesmo vivendo tão pouco, deixou mais de 300 composições. Foi também um daqueles adeptos à vida boemia do Rio de Janeiro.

Colaborou para tirar o preconceito de que o samba era apenas para quem morava no morro. Como dizem, desceu com esse ritmo para o asfalto e fez com que suas canções se tornassem populares nos meios da classe média brasileira.

Entre os sambas famosos de Noel Rosa, temos que citar “Com que roupa eu vou?”, criada em 1930. Antes do lançamento, teve a sua melodia alterada pelo maestro Homero Dornelas porque, segundo ele, estava muito semelhante ao hino nacional brasileiro.

Adoniran Barbosa

Adoniram Barbosa (1912–1982) era o pseudônimo que João Rubinato usava para se apresentar. Ele foi o responsável por popularizar o samba no estado de São Paulo, um ritmo que era mais difundido no Rio de Janeiro.

Dificilmente vamos encontrar alguém que nunca cantarolou composições como “Trem das Onze” ou “Saudosa Maloca”. A primeira trata da vida difícil e do deslocamento da população paulista.

Segundo relatos dos responsáveis pelo museu de Jaçanã, esse horário das onze nunca existiu. Foi criado para fazer rima na canção. Isso porque o último trem partia às 20h30. A ferrovia foi extinta em 1965, um ano após o lançamento da música.

Luiz Gonzaga

Luiz Gonzaga (1912–1989), nascido no sertão de Pernambuco, é um dos compositores brasileiros que dispensa muitas apresentações. Ele é reconhecido como um dos maiores representantes nordestinos da música brasileira, intitulado o “Rei do Baião”.

Foi por meio dele que os outros estados e o mundo conheceram ritmos como o xote, o xaxado e o próprio baião. Até hoje, quando seu nome é citado, ele é prontamente associado à sua composição musical “Asa Branca”, com letra de Humberto Teixeira.

Mas devemos fazer justiça, pois ele fez mais de 20 canções que ficaram bem famosas. Entre elas, “Luar do Sertão”, “Baião de Dois”, “Danado de Bom” e “Xote das Meninas”. Além do talento para compor, Gonzaga era cantor e um sanfoneiro de mão cheia.

Maysa

Maysa Figueira Monjardim (1936–1977) é o nome de batismo de Maysa Matarazzo, ou simplesmente Maysa. Nasceu em uma família tradicional no Rio de Janeiro e, desde nova, mostrou ter aptidão para a música. Isso se confirmou, já que ela se tornou compositora e instrumentista, além de atriz.

Ficou conhecida também por ser uma mulher à frente do seu tempo e de personalidade. Em uma de suas apresentações no Japão, deixou claro que o samba que cantava não era carnaval. Falando em carnaval, Maysa foi homenageada em 2014 pela Acadêmicos do Grande Rio.

Um de seus principais sucessos é “Meu mundo caiu”. Como estilo musical, cantava samba-canção e depois se identificou com o ritmo bossa nova, que se encaixava com o seu timbre de voz.

Além dessas informações sobre esses grandes compositores brasileiros, vale a pena conhecer algumas obras para aumentar a sua bagagem de conhecimento. Indicamos os livros de Noel Rosa e de Itamar Assumpção, assim como os cadernos inéditos do Cazuza e da Rita Lee. Aprecie sem moderação!

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