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História da MPB: como surgiu esse estilo musical?

A história da MPB é de uma riqueza incalculável. Ao longo de décadas, sempre tivemos artistas que se destacaram e ficaram mundialmente conhecidos por esse estilo musical. Desde o seu surgimento até os dias atuais, grandes nomes servem de referência para quem gosta de ouvir um bom som ou para quem sonha em trabalhar com música.

Como é fundamental conhecer o passado para projetar um futuro, trouxemos este conteúdo especial que conta a história da Música Popular Brasileira. Acompanhe!

Qual é a importância da MPB para o Brasil?

A música demonstra muito da cultura e da história de um país. Ela é considerada a primeira arte e está presente no dia a dia da humanidade desde os tempos mais remotos. Para você ter uma noção, a ideia de extrair sons de elementos da natureza é mais antiga que a própria fala.

Cada país tem elementos musicais muito fortes. A música é um dos fatores que determinam a cultura de uma nação, e isso fica bem claro em se tratando do Brasil. Nesse sentido, a MPB representou o importante papel de unir a tradição dos povos mais antigos com a modernidade musical que já vinha dominando o mundo na época de sua criação.

Além do mais, o gênero teve uma enorme participação na conquista da liberdade de expressão plena que temos atualmente. Afinal, ele surgiu em um período complicado da nossa história e conseguiu ultrapassar décadas, agregando características de cada nova geração.

A Música Popular Brasileira é um dos maiores tesouros do nosso país. E todo brasileiro, independentemente de ser um músico profissional ou amador, precisa dar a ela o devido valor e conhecer a sua belíssima história.

Além disso, vale a pena saber como ela se perpetuou ao longo das décadas, tendo canções reproduzidas por várias artistas até os dias atuais. A gente vai falar de tudo isso nos próximos tópicos.

Afinal, como surgiu a Música Popular Brasileira?

A história da MPB começa, de fato, nos anos 60. Acontece que o termo “música popular” já era usado no Brasil há séculos, e ele não se referia a um movimento artístico específico. Na realidade, tratava-se de uma forma simples de demonstrar as canções que estavam na boca do povo na época.

No entanto, a partir da década de 60, um contexto começava a se formar. O estilo predominante era a Bossa Nova, mas como o nosso povo é expert em misturas culturais, isso também mudou o cenário musical. Portanto, foram inseridas ao estilo genuinamente brasileiro algumas pitadas de samba e jazz americano.

O resultado disso foram músicas sofisticadas que contavam a história do Brasil e falavam de nossas lindas paisagens. Por outro lado, existiam aqueles que atuavam para resgatar as origens da música brasileira. Assim, eles buscavam inspiração no folclore e em estilos tradicionais de culturas diferentes que já faziam parte do nosso país.

Por volta de1964, ambos os “grupos” se uniram e formaram um movimento cultural chamado de Música Popular Moderna (MPM). Logo depois, mudaram a nome para MPB graças à influência do MBP4, um grupo musical que surgiu na mesma época.

Principais artistas e canções da história da MPB

O marco inicial da MPB foi a canção “Arrastão”, em 1965, escrita por Edu Lobo e interpretada pela brilhante Elis Regina. No mesmo ano, Chico Buarque lançou “Pedro Pedreiro” e, no ano seguinte, “A Banda”. Já em 1974, tivemos “Disparada”, de Jair Rodrigues.

Essas canções foram consideradas o pontapé inicial da Música Popular Brasileira. Além desses artistas, a MPB consagrou nomes como:

  • Caetano Veloso;
  • Djavan;
  • Gilberto Gil;
  • Jorge Ben Jor;
  • Maria Bethânia;
  • Milton Nascimento;
  • Nara Leão;
  • Taiguara;
  • Tom Jobim;
  • Toquinho;
  • Vinícius de Moraes;
  • Zé Ramalho.

MPB e as canções de protesto

As principais canções da história da MPB surgiram em meio ao regime militar, que entrou em vigor no Brasil em 1964 e se estendeu até 1985. Nessa época, a liberdade de expressão e, principalmente, as críticas ao governo sofriam censura.

Logo, grandes nomes do gênero foram proibidos de cantar determinadas músicas — alguns, inclusive, tiveram que sair do país. Apesar disso, eles deixaram canções que eram verdadeiros protestos contra o período da ditadura. Separamos vários exemplos aqui:

  • “Alegria, alegria” e “Podres poderes”, de Caetano Veloso;
  • “Apesar de você”, de Chico Buarque;
  • “Cálice”, de Gilberto Gil e Chico Buarque;
  • “Carcará”, de João do Vale (na voz de Maria Bethânia);
  • “Geração Coca-Cola”, de Renato Russo (Legião Urbana);
  • “Mosca na sopa”, de Raul Seixas;
  • “O bêbado e a equilibrista”, de Aldir Blanc e João Bosco (na voz de Elis Regina);
  • “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré.

Quais os nomes que representam a nova MPB?

Podemos dizer que a MPB se divide em três fases. A primeira é o surgimento do estilo musical, marcado pelos nomes e pelas canções que mencionamos e que tiveram atuação mais fervorosa entre as décadas de 60 e 70.

A segunda é aquela marcada pela Jovem Guarda, um movimento paralelo representado por cantares como Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa. Por fim, chegamos à terceira fase, que remete aos dias atuais.

Nesse sentido, também precisamos enaltecer os nomes que estão dando continuidade ao movimento iniciado nos anos 60 e que já são a nova cara da MPB, cada um à sua maneira. Entre eles, destacamos:

  • Anavitória;
  • Céu;
  • Cícero;
  • Clarice Falcão;
  • Duda Beat;
  • Filipe Catto;
  • Giulia Be;
  • Jaloo;
  • Johnny Hooker;
  • Liniker;
  • Silva;
  • Tiago Iorc.

Assim como seus antecessores, esses artistas utilizam a referência dos grandes nomes do passado e incorporam as novidades que a música proporcionou ao longo dos anos — como a inclusão de mais elementos eletrônicos e de outros instrumentos musicais.

Viu só a riqueza da história da MPB e da música brasileira em geral? A gente deve se orgulhar desse fato e ter a certeza de que o nosso país é um celeiro de talentos. Como as evidências mostram, esse gênero viverá por bastante tempo, acompanhando as mudanças da sociedade e se reinventando a cada novo ciclo.

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