Tudo o que você precisa saber sobre o plágio!

Nos últimos tempos, a prática do plágio cresceu consideravelmente e se multiplicou de modo alarmante nos mais variados segmentos. Isso decorre do uso da internet e disseminação de informações, conhecimentos e descobertas nos ambientes virtuais. A sociedade conectada, de certa forma, também facilitou a violação de direitos autorais de obras de arte, músicas e livros.

Plágio não é um uso bem-intencionado, com a menção dos verdadeiros autores de uma composição. O crime é a realização de cópias maliciosas de partes ou de uma música inteira por uma pessoa que não a criou. Sendo assim, um músico pode se inspirar em outro, em uma coletânea poética, cultural ou histórica, mas não deve reproduzi-los.

Deseja entender o que é considerado plágio no mundo da música? Continue a leitura!

Compreenda o conceito de plágio

Plágio não é uma cópia autorizada e fiel de uma obra criada por outra pessoa, e sim uma reprodução da essência criadora de forma diferente ou idêntica. Portanto, refere-se à conduta de alguém que se apropria de maneira indevida da ideia de outra pessoa e a mascara, reproduzindo-a de forma distinta, para que ninguém perceba a sua reprodução.

Há várias possibilidades de plágio, sendo que uma delas é chamada de plágio conceitual. Isso ocorre quando certa pessoa usa a essência da criação de outra e a expressa de modo diverso. A outra opção é denominada como plágio parcial e se refere à cópia de partes da ideia de outros profissionais ou cidadãos sem mencionar suas referências.

O plágio integral acontece quando alguém copia uma música, um artigo, uma fórmula ou outra obra inteira e se apropria dela indevidamente. Nem sempre é fácil identificar essas cópias mal-intencionadas e, por essa razão, é melhor se precaver. Afinal, quem comete esse crime pode sofrer sanções penais e cíveis, bem como ser condenado a pagar indenizações milionárias.

Saiba o que é considerado plágio no mundo da música

No universo musical, plágio são as cópias fiéis de uma produção musical. O crime se caracteriza com a apropriação de partes da essência criativa, podendo incluir a cópia de pequenos trechos, conjuntos de características e elementos estéticos que pertencem a um músico. Esse termo refere-se a um tipo de dissimulação ou disfarce para publicar uma obra que pertence a outro.

A cópia pode ser das ideias de outra pessoa, mas o objetivo dessa espécie de furto é atribuir a si próprio a autoria de uma produção musical. A intenção é beneficiar-se com os recursos financeiros provenientes de obras musicais. Um plágio musical se caracteriza com a similaridade das ideias utilizadas sem a autorização do seu criador.

Assim que um músico perceber o plágio, deve procurar um advogado que atue na área de Direito Autoral. Isso porque o ordenamento jurídico brasileiro protege as obras musicais assim que elas passam a existir. Por esse motivo, não é preciso que exista um registro para comprovar a autoria. Contudo, esse documento importante poderá ser registrado na Biblioteca Nacional.

Confira os casos mais conhecidos de plágio

A internet oferece a todos os seus usuários o acesso às músicas de artistas do mundo inteiro e há mecanismos que possibilitam a cópia de obras alheias para obter sucesso sem esforço. Mas os plágios musicais existem há muito tempo, embora tenham se intensificado com o avanço tecnológico. Veja a seguir os casos mais conhecidos de plágio!

Ghostbusters (Ray Parker Jr.)

Esse é um caso que ficou famoso no mercado musical e rendeu acusação de plágio em processo judicial. Huey Lewis denunciou que a música Ghostbusters foi plagiada do ritmo Want a New Drug e se tornou um sucesso mundial há quase 40 anos. O filme Os Caça-Fantasmas se tornou um dos ícones da cultura pop em virtude da sua música-tema.

Come Together

Os Beatles foram acusados de plágio pela gravadora do americano Chuck Berry após lançar a música Come Together, cuja autoria foi atribuída a John Lennon. Conforme a acusação, o grupo teria copiado a melodia e a letra da canção You Can’t Catch Me. Um acordo sigiloso foi fechado entre os músicos envolvidos no litígio.

Juice

Juice foi um grande sucesso no ano de 2019 com a cantora Lizzo. Ela foi duramente acusada de plágio por Cece Peniston que afirmou que foi utilizado mais de 7 segundos de trechos do seu hit Finally. A semelhança entre as músicas pode ser conferida no Instagram da cantora após a sua descoberta.

Blurred Lines

Blurred Lines é uma música lançada por Pharrell e Robin Thicke, mas é muito semelhante à canção Got to Give It Up, de Marvin Gaye. Embora os artistas tenham tentado se defender e dito que não infringiram as leis, os parceiros sofreram um prejuízo de mais de U$ 7 Milhões.

Da Ya Think I’m Sexy

Da Ya Think I’m Sexy foi gravada pelo cantor inglês Rod Stewart, mas parte dela foi plagiada de uma canção do músico carioca Jorge Ben Jor chamada de Taj Mahal. O compositor e cantor brasileiro percebeu o plágio no refrão da música com notas musicais iguais a uma das suas frases e reclamou a autoria em um processo judicial.

Creep

Creep foi um grande sucesso do Radiohead, mas foi plagiada da canção The Air That I Breathe, que pertencia ao grupo The Hollies. Em 2017, houve a acusação de plágio contra Lana Del Rey, que lançou a música Get Free, também semelhante a essa obra musical. A melodia e uma progressão de acordes foram utilizadas em sua inspiração. 

Roar

Katy Perry gravou o single Roar cerca de um ano após Sara Bareilles ter divulgado a canção Brave. A cantora utilizou a mesma técnica do videoclipe Messages, sendo acusada de plágio por Dillon Francis. A artista não se impressionou com as acusações de plágio e chegou a afirmar que gosta da outra e que ambas não são rivais.

My Sweet Lord

My Sweet Lord foi lançada por George Harrison, que recebeu acusações de plágio advindas da empresa Bright Tunes, devido à semelhança com a música He’s So Fine, de Ronald Macky. A canção teria sido gravada pela primeira vez em 1962 por The Chiffons, usada como base para um single do ex-guitarrista dos Beatles, no ano de 1970.

Agora você já sabe tudo sobre plágio! Saiba que é importante investir na criação de melodias originais, para não correr o risco de ser acusado de copiar as canções de outros músicos. No entanto, você pode utilizar as outras composições para se inspirar e criar os seus próprios ritmos, sem fazer cópias!

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